Escrito por pesquisadora renomada, autora de vários livros sobre imigração, o livro convida o/a leitor/a a “passear” pela capital imperial na “companhia” de mulheres que, nascidas na França, abandonaram a terra natal e tentaram a sorte no Rio de Janeiro, ensejando a construção de histórias fantásticas de sucesso, ainda que o fracasso também estivesse no horizonte. Trabalhadoras, elas tornaram-se costureiras, modistas, parteiras, professoras, atrizes e prostitutas do outro lado do Atlântico, reinventando uma “França Antártica” escrita no feminino plural de forma absolutamente inédita e criativa. Para além do livro propor um mergulho no processo de descolamentos França-Brasil no século XIX, o leitor é levado a conhecer as várias Joséphine, Marie, Clémence, Victorinne e outras que afrancesaram o viver na cidade. E mais: o leitor é convidado a conhecer, na capa, a faceta artística da autora, por meio de sua releitura, em óleo sobre tela, de uma gravura do ano de 1902.