Apesar de todo o método de catalogação racional, quase científico, e da teia de referências que a cerca, a obra de Marcelo Moscheta jamais prescinde da subjetividade e da emoção. Paisagem é geografia e história da arte e do sublime, mas também é memória individual e coletiva. O artista […] descobre e apreende o mundo a partir de suas caminhadas, das linhas que descreve sobre ele. Nestas viagens, vai construindo pontes na direção de narrativas esquecidas ou escondidas por cada lugar que visita.

Assim Daniela Name, curadora de NORTE, descreve o trabalho de Marcelo Moscheta, resultado de duas semanas navegando pelas águas geladas do Círculo Polar Ártico. Mais que documentar a exposição, este livro explora as relações da obra do artista com a história da arte, com a paisagem, com a memória. Inclui o “Diário de bordo” de Moscheta no Ártico e uma entrevista do artista do artista com Daniela Name e os curadores Marcus Lontra e Luiz Camillo Osorio.