O livro organizado por Maria Luiza Oswald e Rita Ribes Pereira acrescenta, criativamente, ideias importantes a algo que está preocupando professores e todos os interessados em questões educativas, sejam pais ou autoridades educacionais: as maneiras como nós educadores nos relacionamos com as gerações que desde muito cedo, cotidianamente, têm contato com arte- fatos culturais múltiplos, de uso e criação tecnológica variada. Invertendo frequentemente a “ordem” que herdamos – professores ensinam, os pais ensinam... – essas crianças e jovens vêm nos ensinando não só o uso tecnológico, mas modos criativos de aprender e saber conteúdos mui- to variados. Isso tem criado muitas crises familiares e escolares. Mas como as crises criam sempre a necessidade de superação, nós adultos – pais e profes- soras – vamos precisar aprender mais rápido e de outras formas para acompa- nhar os ritmos de nossas crianças e jovens. Nesse quadro aparecem inúmeros livros que pretendem nos ‘ensinar’ a lidar com essa crise. O livro mostra, através de artigos de seus autores e autoras, como grupos de pesquisa buscam discutir essa questão que é de todos e que, portanto, exige a incorporação de múltiplas respostas e de diferentes experiências. Dessa maneira, a partir de inúmeras práticas vividas e pensadas, os autores e autoras analisam essa a questão, interrogando-a com processos de pesquisa e nos desafiam a pensar um pouco mais sobre ela, com os instrumentos que, generosamente, nos fornecem ao escreverem e publicarem seus textos.