João do Rio: Um dândi na Cafelândia
João do Rio: Um dândi na Cafelândia
- EditoraBOITEMPO
- Modelo: 67-0080
- Disponibilidade: Em estoque
R$ 46,40
R$ 58,00
A coleção Paulicéia, na sua série Letras, com o objetivo de recuperar textos importantes para a formação da identidade de São Paulo, lança João do Rio: Um dândi na Cafelândia. O livro reúne crônicas de João Paulo Alberto Coelho Barreto, o João do Rio, célebre jornalista, cronista e escritor carioca do início do século, publicadas nos jornais da época, mas a maioria delas nunca antes reunidas em livro.
A pesquisa dos textos, a introdução e as notas são do historiador Nelson Schapochnik, e explicam as expressões, o contexto e os personagens citados. Como escreve Shapochnik na introdução da obra: “A reunião destes textos possibilita ao que os leitores contemporâneos compreendam uma dimensão menos conhecida do escritor, isto é, a do jornalista militante e artífice das representações triunfantes da modernização paulista.”
O livro não exibe, como podia ser de se esperar, um desprezo do jornalista da capital por São Paulo. Mas nas comparações insistentes, e em geral amplamente a favor da cidade do planalto, não deixam de estar as sementes da rivalidade. A admiração do cronista pelas mudanças da São Paulo da República Velha, do café, da massa de imigrantes e do início da sua industrialização. Uma São Paulo que crescia velozmente, antes de se tornar caótica, e um Rio de Janeiro que ainda era a capital federal, são os cenários das comparações de João do Rio.
No livro, textos que narram a inauguração do Municipal, o trem que ligava as duas cidades,o Horto Florestal, o Hipódromo da Mooca, o Automóvel Club, onde se reunia a aristocracia paulista, as férias de verão passadas pelos cariocas na animada São Paulo da Belle Époque, tudo com uma empolgação positivista, eugênica e exagerada pelo crescimento econômico da cidade e pela origem européia dos seus imigrantes. Passeiam pelo livro figuras como Altino Arantes, o industrial Conde Mattarazzo, o secretário da Fazenda Cardoso de Almeida, o então prefeito da cidade Washington Luís, Altino Arantes, Heitor Penteado, Alfredo Pujol, Oscar Rodrigues Alves, entre outros que hoje são mais conhecidos como ruas e avenidas.
No texto “Ao Senador Alfredo Ellis”, João do Rio capta, extasiado, o espírito entre a eterna crise e a nova riqueza, entre a opulência e a beira do abismo que a metrópole mantém até hoje: “São Paulo é a máquina do progresso. Precisa de dinheiro para manter a mesma velocidade. Dinheiro faz dinheiro. Dinheiro para empresas, dinheiro para indústrias, dinheiro! Ninguém tem propriamente dinheiro. Gasta-se muito dinheiro e emprega-se dinheiro em mil e uma provas de ação, inclusive mesmo algumas explorações só explorações. De modo que, de repente, o crédito é retraído, é a agitação desesperada.”
Livro para entender a identidade de São Paulo, da cultura imigrante do trabalho ao culto aos bandeirantes, João do Rio: um dândi na Cafelândia é essencial para comparar a cidade narrada por do Rio e o que esta imaginava estar construindo como seu futuro, e a cidade que existe hoje.
Sobre o autor
De nome João Paulo Alberto Coelho Barreto, mais conhecido como João do Rio (1881-1921), foi um dos mais notáveis escritores da Belle Époque carioca, passando por diversos gêneros do jornalismo e da dramaturgia. Escrevia desde sobre os salões da alta política até o buraco da rua e o lado marginal da capital federal. De vida agitada, faleceu aos 40 anos, de ataque cardíaco, na redação do diário A Pátria.
Sobre o organizador
Nelson Shcapochnik é historiador e professor da Faculdade de Educação da USP, coordenador da coleção Paulicéia da editora Boitempo e autor dos ensaios Cartões Postais, álbuns de família e ícones da intimidade, publicado no volume 3 da História Privada do Brasil, e de ensaios na área de história cultural.
Sobre a Coleção Paulicéia
Coordenação de Emir Sader
O resgate de personagens, bairros, instituições e textos literários sobre a cidade e o estado de São Paulo é o objetivo da Coleção Paulicéia. Uma nova visão sobre como se construiu, nas artes, no esporte, na política, na academia e principalmente nas ruas, a identidade da metrópole de expansão acelerada e mistura de culturas.
A pesquisa dos textos, a introdução e as notas são do historiador Nelson Schapochnik, e explicam as expressões, o contexto e os personagens citados. Como escreve Shapochnik na introdução da obra: “A reunião destes textos possibilita ao que os leitores contemporâneos compreendam uma dimensão menos conhecida do escritor, isto é, a do jornalista militante e artífice das representações triunfantes da modernização paulista.”
O livro não exibe, como podia ser de se esperar, um desprezo do jornalista da capital por São Paulo. Mas nas comparações insistentes, e em geral amplamente a favor da cidade do planalto, não deixam de estar as sementes da rivalidade. A admiração do cronista pelas mudanças da São Paulo da República Velha, do café, da massa de imigrantes e do início da sua industrialização. Uma São Paulo que crescia velozmente, antes de se tornar caótica, e um Rio de Janeiro que ainda era a capital federal, são os cenários das comparações de João do Rio.
No livro, textos que narram a inauguração do Municipal, o trem que ligava as duas cidades,o Horto Florestal, o Hipódromo da Mooca, o Automóvel Club, onde se reunia a aristocracia paulista, as férias de verão passadas pelos cariocas na animada São Paulo da Belle Époque, tudo com uma empolgação positivista, eugênica e exagerada pelo crescimento econômico da cidade e pela origem européia dos seus imigrantes. Passeiam pelo livro figuras como Altino Arantes, o industrial Conde Mattarazzo, o secretário da Fazenda Cardoso de Almeida, o então prefeito da cidade Washington Luís, Altino Arantes, Heitor Penteado, Alfredo Pujol, Oscar Rodrigues Alves, entre outros que hoje são mais conhecidos como ruas e avenidas.
No texto “Ao Senador Alfredo Ellis”, João do Rio capta, extasiado, o espírito entre a eterna crise e a nova riqueza, entre a opulência e a beira do abismo que a metrópole mantém até hoje: “São Paulo é a máquina do progresso. Precisa de dinheiro para manter a mesma velocidade. Dinheiro faz dinheiro. Dinheiro para empresas, dinheiro para indústrias, dinheiro! Ninguém tem propriamente dinheiro. Gasta-se muito dinheiro e emprega-se dinheiro em mil e uma provas de ação, inclusive mesmo algumas explorações só explorações. De modo que, de repente, o crédito é retraído, é a agitação desesperada.”
Livro para entender a identidade de São Paulo, da cultura imigrante do trabalho ao culto aos bandeirantes, João do Rio: um dândi na Cafelândia é essencial para comparar a cidade narrada por do Rio e o que esta imaginava estar construindo como seu futuro, e a cidade que existe hoje.
Sobre o autor
De nome João Paulo Alberto Coelho Barreto, mais conhecido como João do Rio (1881-1921), foi um dos mais notáveis escritores da Belle Époque carioca, passando por diversos gêneros do jornalismo e da dramaturgia. Escrevia desde sobre os salões da alta política até o buraco da rua e o lado marginal da capital federal. De vida agitada, faleceu aos 40 anos, de ataque cardíaco, na redação do diário A Pátria.
Sobre o organizador
Nelson Shcapochnik é historiador e professor da Faculdade de Educação da USP, coordenador da coleção Paulicéia da editora Boitempo e autor dos ensaios Cartões Postais, álbuns de família e ícones da intimidade, publicado no volume 3 da História Privada do Brasil, e de ensaios na área de história cultural.
Sobre a Coleção Paulicéia
Coordenação de Emir Sader
O resgate de personagens, bairros, instituições e textos literários sobre a cidade e o estado de São Paulo é o objetivo da Coleção Paulicéia. Uma nova visão sobre como se construiu, nas artes, no esporte, na política, na academia e principalmente nas ruas, a identidade da metrópole de expansão acelerada e mistura de culturas.
Características | |
Autor | NELSON SCHAPOCHNIK |
Biografia | A coleção Paulicéia, na sua série Letras, com o objetivo de recuperar textos importantes para a formação da identidade de São Paulo, lança João do Rio: Um dândi na Cafelândia. O livro reúne crônicas de João Paulo Alberto Coelho Barreto, o João do Rio, célebre jornalista, cronista e escritor carioca do início do século, publicadas nos jornais da época, mas a maioria delas nunca antes reunidas em livro. A pesquisa dos textos, a introdução e as notas são do historiador Nelson Schapochnik, e explicam as expressões, o contexto e os personagens citados. Como escreve Shapochnik na introdução da obra: “A reunião destes textos possibilita ao que os leitores contemporâneos compreendam uma dimensão menos conhecida do escritor, isto é, a do jornalista militante e artífice das representações triunfantes da modernização paulista.” O livro não exibe, como podia ser de se esperar, um desprezo do jornalista da capital por São Paulo. Mas nas comparações insistentes, e em geral amplamente a favor da cidade do planalto, não deixam de estar as sementes da rivalidade. A admiração do cronista pelas mudanças da São Paulo da República Velha, do café, da massa de imigrantes e do início da sua industrialização. Uma São Paulo que crescia velozmente, antes de se tornar caótica, e um Rio de Janeiro que ainda era a capital federal, são os cenários das comparações de João do Rio. No livro, textos que narram a inauguração do Municipal, o trem que ligava as duas cidades,o Horto Florestal, o Hipódromo da Mooca, o Automóvel Club, onde se reunia a aristocracia paulista, as férias de verão passadas pelos cariocas na animada São Paulo da Belle Époque, tudo com uma empolgação positivista, eugênica e exagerada pelo crescimento econômico da cidade e pela origem européia dos seus imigrantes. Passeiam pelo livro figuras como Altino Arantes, o industrial Conde Mattarazzo, o secretário da Fazenda Cardoso de Almeida, o então prefeito da cidade Washington Luís, Altino Arantes, Heitor Penteado, Alfredo Pujol, Oscar Rodrigues Alves, entre outros que hoje são mais conhecidos como ruas e avenidas. No texto “Ao Senador Alfredo Ellis”, João do Rio capta, extasiado, o espírito entre a eterna crise e a nova riqueza, entre a opulência e a beira do abismo que a metrópole mantém até hoje: “São Paulo é a máquina do progresso. Precisa de dinheiro para manter a mesma velocidade. Dinheiro faz dinheiro. Dinheiro para empresas, dinheiro para indústrias, dinheiro! Ninguém tem propriamente dinheiro. Gasta-se muito dinheiro e emprega-se dinheiro em mil e uma provas de ação, inclusive mesmo algumas explorações só explorações. De modo que, de repente, o crédito é retraído, é a agitação desesperada.” Livro para entender a identidade de São Paulo, da cultura imigrante do trabalho ao culto aos bandeirantes, João do Rio: um dândi na Cafelândia é essencial para comparar a cidade narrada por do Rio e o que esta imaginava estar construindo como seu futuro, e a cidade que existe hoje. Sobre o autor De nome João Paulo Alberto Coelho Barreto, mais conhecido como João do Rio (1881-1921), foi um dos mais notáveis escritores da Belle Époque carioca, passando por diversos gêneros do jornalismo e da dramaturgia. Escrevia desde sobre os salões da alta política até o buraco da rua e o lado marginal da capital federal. De vida agitada, faleceu aos 40 anos, de ataque cardíaco, na redação do diário A Pátria. Sobre o organizador Nelson Shcapochnik é historiador e professor da Faculdade de Educação da USP, coordenador da coleção Paulicéia da editora Boitempo e autor dos ensaios Cartões Postais, álbuns de família e ícones da intimidade, publicado no volume 3 da História Privada do Brasil, e de ensaios na área de história cultural. Sobre a Coleção Paulicéia Coordenação de Emir Sader O resgate de personagens, bairros, instituições e textos literários sobre a cidade e o estado de São Paulo é o objetivo da Coleção Paulicéia. Uma nova visão sobre como se construiu, nas artes, no esporte, na política, na academia e principalmente nas ruas, a identidade da metrópole de expansão acelerada e mistura de culturas. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | BOITEMPO |
ISBN | 9788575590294 |
Largura | 14 |
Páginas | 232 |