Administrar via cultura

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  • EditoraALAMEDA
  • Modelo: 9V61107
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 57,80

    R$ 68,00
Em 1933, o dramaturgo alemão Hanns Jost escreveu, numa crítica aguda ao nazismo de Adolf Hitler, a seguinte fala: “Quando ouço a palavra cultura, saco logo meu revólver”. Luiz Roberto Alves nos propõe, neste ensaio, algo no espaço diametralmente oposto. É como se os personagens deste de seu livro estivessem respondendo, na vida prática, afirmando: “Quando sinto a palavra barbárie, saco logo a nossa cultura”.

Alves, professor da Escola de Comunicações e Artes e administrador com larga trajetória na vida pública, volta aos anos 1930 para analisar a breve experiência de administração da cidade de São Paulo pelo prefeito Fábio Prado e pelo diretor do Departamento de Cultura e Recreação Mário de Andrade, ladeados por nomes como Sérgio Milliet, Oneyda Alvarenga, Paulo Duarte e Luiz Saia, entre outros.

A trajetória modernista explica parte da renovação, bem como uma recompreensão da ideia de cultura que cria experiências inovadoras e democratizantes, como as escolas infantis dentro de parques de praças municipais e as bibliotecas circulantes.

Mário de Andrade e seus amigos se lançam neste desafio administrativo com paixão, criatividade e trabalho. Coragem que seria “recompensada” pela elite brasileira com o sumário afastamento de Mário do cargo público, logo após a nomeação de Prestes Maia para a Prefeitura, em 1938, e a subsequente tentativa de desmontar tudo o que fora construído.

A experiência mariodeandradiana dialoga, ainda que não diretamente, com as políticas culturais nos anos 2000, quando os governos federais progressistas promoveram grandes avanços na área sem expansão proporcional de gastos, atentando para o poder prático das simbologias em jogo, sobretudo as pretas, pobres e periféricas.
Luiz Roberto Alves mostra, assim, que temos muito a aprender com a dura experiência de Mário de Andrade nos anos 1930, que deixou marcas na administração da cultura em São Paulo e no Brasil que perduram até hoje. No centenário da Semana de 1922, temos aqui esse Mário que é poeta e pesqui sador, mas também burocrata, capaz de institucionalizar para pôr de ponta-cabeça conceitos e práticas culturais autoritárias e conservadoras.
Características
Autor Luiz Roberto Alves
Biografia Em 1933, o dramaturgo alemão Hanns Jost escreveu, numa crítica aguda ao nazismo de Adolf Hitler, a seguinte fala: “Quando ouço a palavra cultura, saco logo meu revólver”. Luiz Roberto Alves nos propõe, neste ensaio, algo no espaço diametralmente oposto. É como se os personagens deste de seu livro estivessem respondendo, na vida prática, afirmando: “Quando sinto a palavra barbárie, saco logo a nossa cultura”.

Alves, professor da Escola de Comunicações e Artes e administrador com larga trajetória na vida pública, volta aos anos 1930 para analisar a breve experiência de administração da cidade de São Paulo pelo prefeito Fábio Prado e pelo diretor do Departamento de Cultura e Recreação Mário de Andrade, ladeados por nomes como Sérgio Milliet, Oneyda Alvarenga, Paulo Duarte e Luiz Saia, entre outros.

A trajetória modernista explica parte da renovação, bem como uma recompreensão da ideia de cultura que cria experiências inovadoras e democratizantes, como as escolas infantis dentro de parques de praças municipais e as bibliotecas circulantes.

Mário de Andrade e seus amigos se lançam neste desafio administrativo com paixão, criatividade e trabalho. Coragem que seria “recompensada” pela elite brasileira com o sumário afastamento de Mário do cargo público, logo após a nomeação de Prestes Maia para a Prefeitura, em 1938, e a subsequente tentativa de desmontar tudo o que fora construído.

A experiência mariodeandradiana dialoga, ainda que não diretamente, com as políticas culturais nos anos 2000, quando os governos federais progressistas promoveram grandes avanços na área sem expansão proporcional de gastos, atentando para o poder prático das simbologias em jogo, sobretudo as pretas, pobres e periféricas.
Luiz Roberto Alves mostra, assim, que temos muito a aprender com a dura experiência de Mário de Andrade nos anos 1930, que deixou marcas na administração da cultura em São Paulo e no Brasil que perduram até hoje. No centenário da Semana de 1922, temos aqui esse Mário que é poeta e pesqui sador, mas também burocrata, capaz de institucionalizar para pôr de ponta-cabeça conceitos e práticas culturais autoritárias e conservadoras.
Comprimento 21
Edição 1
Editora ALAMEDA
ISBN 9786559661107
Largura 14
Páginas 290

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