Fronteiras do Erótico: Espaço e erotismo n'O Cortiço
Fronteiras do Erótico: Espaço e erotismo n'O Cortiço
- EditoraALAMEDA
- Modelo: 9V93365
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R$ 44,00
Fronteiras do erótico circunscreve-se na esteira de uma fecunda tradição da teoria social crítica brasileira que de maneira sofisticada aproxima marxismo, história e crítica literária. Seguindo as pistas deixadas pelo mestre Antonio Candido, Vinícius Bezerra, com a dicção elegante que lhe é característica, recoloca O Cortiço de Aluísio Azevedo no rol das grandes obras da literatura brasileira, que de maneira singular e com um estilo visceral expressou contradições profundas do processo de desagregação do sistema escravista e a emergência de relações tipicamente burguesas nos finais do Dezenove no Brasil.
Lança-se com fôlego no debate que reflete acerca da relação entre literatura e história, expediente largamente utilizado no campo do marxismo, porém alardeado como uma grande descoberta pelo museu de novidades dos pastichadores pós-modernos, que, além de partirem de um tratamento estreito do fenômeno literário, pois reduzem a relação do texto com a realidade a qual ele está inserido a um problema circunscrito apenas ao campo da linguagem, também não compreendem a obra de arte como uma objetivação complexa e genérica para si, capaz de expressar as diversas facetas que compõe o processo contraditório de entificação do ser social, conforme nos demonstra o autor.
Com enfoque especial nas questões do espaço e do erotismo, situadas no contexto de modernização e urbanização referidas, Vinícius toma como fio condutor para desvendar a obra azevediana, o processo de desumanização das relações sociais (bestialização, como caracteriza o próprio Aluísio), que são expressadas pelo autor naturalista mediante a metáfora larval, pois Azevedo nos mostra que debaixo daquele Sol feroz tudo que é vivo parece ter um devir com a podridão, onde os corpos se debatem e são movidos pela alienação e pelo fetichismo típicos da sociedade onde o dinheiro e sua acumulação demente tornam-se a única e verdadeira finalidade para a ação dos seus principais personagens, a exemplo do ignominioso protagonista João Romão, proprietário do cortiço onde se desenrola a trama.
Lança-se com fôlego no debate que reflete acerca da relação entre literatura e história, expediente largamente utilizado no campo do marxismo, porém alardeado como uma grande descoberta pelo museu de novidades dos pastichadores pós-modernos, que, além de partirem de um tratamento estreito do fenômeno literário, pois reduzem a relação do texto com a realidade a qual ele está inserido a um problema circunscrito apenas ao campo da linguagem, também não compreendem a obra de arte como uma objetivação complexa e genérica para si, capaz de expressar as diversas facetas que compõe o processo contraditório de entificação do ser social, conforme nos demonstra o autor.
Com enfoque especial nas questões do espaço e do erotismo, situadas no contexto de modernização e urbanização referidas, Vinícius toma como fio condutor para desvendar a obra azevediana, o processo de desumanização das relações sociais (bestialização, como caracteriza o próprio Aluísio), que são expressadas pelo autor naturalista mediante a metáfora larval, pois Azevedo nos mostra que debaixo daquele Sol feroz tudo que é vivo parece ter um devir com a podridão, onde os corpos se debatem e são movidos pela alienação e pelo fetichismo típicos da sociedade onde o dinheiro e sua acumulação demente tornam-se a única e verdadeira finalidade para a ação dos seus principais personagens, a exemplo do ignominioso protagonista João Romão, proprietário do cortiço onde se desenrola a trama.
Características | |
Autor | VINICIUS BEZERRA |
Biografia | Fronteiras do erótico circunscreve-se na esteira de uma fecunda tradição da teoria social crítica brasileira que de maneira sofisticada aproxima marxismo, história e crítica literária. Seguindo as pistas deixadas pelo mestre Antonio Candido, Vinícius Bezerra, com a dicção elegante que lhe é característica, recoloca O Cortiço de Aluísio Azevedo no rol das grandes obras da literatura brasileira, que de maneira singular e com um estilo visceral expressou contradições profundas do processo de desagregação do sistema escravista e a emergência de relações tipicamente burguesas nos finais do Dezenove no Brasil. Lança-se com fôlego no debate que reflete acerca da relação entre literatura e história, expediente largamente utilizado no campo do marxismo, porém alardeado como uma grande descoberta pelo museu de novidades dos pastichadores pós-modernos, que, além de partirem de um tratamento estreito do fenômeno literário, pois reduzem a relação do texto com a realidade a qual ele está inserido a um problema circunscrito apenas ao campo da linguagem, também não compreendem a obra de arte como uma objetivação complexa e genérica para si, capaz de expressar as diversas facetas que compõe o processo contraditório de entificação do ser social, conforme nos demonstra o autor. Com enfoque especial nas questões do espaço e do erotismo, situadas no contexto de modernização e urbanização referidas, Vinícius toma como fio condutor para desvendar a obra azevediana, o processo de desumanização das relações sociais (bestialização, como caracteriza o próprio Aluísio), que são expressadas pelo autor naturalista mediante a metáfora larval, pois Azevedo nos mostra que debaixo daquele Sol feroz tudo que é vivo parece ter um devir com a podridão, onde os corpos se debatem e são movidos pela alienação e pelo fetichismo típicos da sociedade onde o dinheiro e sua acumulação demente tornam-se a única e verdadeira finalidade para a ação dos seus principais personagens, a exemplo do ignominioso protagonista João Romão, proprietário do cortiço onde se desenrola a trama. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | ALAMEDA |
ISBN | 9788579393365 |
Largura | 14 |
Páginas | 152 |