Causa amante

Causa amante

Causa amante

  • Editora7 LETRAS
  • Modelo: 9557610
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 60,00

    R$ 75,00
Causa amante narra um encontro para o impossível entre Ana de Peñalosa e San Juan de La Cruz. Escrito em 1980 e publicado pela primeira vez em 1984, o livro projeta a ideia do nascimento de Ana e o convívio com uma literatura coberta de neve, nem diário nem natureza vã, mas uma transparência política para a composição severa de uma comunidade inoperosa. Maria Gabriela Llansol, como imaginava fazer em cada um de seus livros, escreve a impossibilidade de escrever ou, sobremaneira, mais radicalmente, a impossibilidade da escritura: Ana nasce entre a música e a caminhada que vem, a geografia imaterial da cidade de Lisboa e a condição feminina em meio ao poder sempre legado ao ser masculino, imperativo, adoecido e dedicado à vilania. A conversa de Ana de Peñalosa com San Juan gira em torno também das violências da Inquisição e da condição das mulheres na história.

Causa amante engendra as circunstâncias dessas mulheres de força que tanto interessaram a Llansol, como as beguinas, béguinages, com uma oscilação emprenhada à vida do que nomeia como mulheres-seres: “Há pessoas, sobretudo mulheres, que passam, de mão em mão, A Proclamação de Lisboa, escrita num papel que foi liso, mas está agora engelhado, ou dobrado. Quando saio vejo o rio, e não Alisubbo que procurava; quase me esqueci do que vim realmente fazer, e disponho-me a dizer-vos sem hipocrisia que às vezes me esqueço de que ides ser condenado, que vos puseram a ferros, e que a complexidade da justiça, e da injustiça, ultrapassa o poder de manter vigilante minha consciência, que já está dispersa.”

A literatura de Llansol é, o tempo todo, uma imensa abertura aos excluídos pelo poder, logo, pela história. Recuperar o sentido dos e das fora-da-lei que existiram e morreram sem abjurar, condenadas e condenados por quem continuamente domina. Causa amante se desenha entre passos e movimentos, uma caminhada silenciosa e diferida do texto, porém revolta, para tocar “as vítimas tão correntes”, “as vítimas têm correntes”.
Características
Autor Maria Gabriela Llansol
Biografia Causa amante narra um encontro para o impossível entre Ana de Peñalosa e San Juan de La Cruz. Escrito em 1980 e publicado pela primeira vez em 1984, o livro projeta a ideia do nascimento de Ana e o convívio com uma literatura coberta de neve, nem diário nem natureza vã, mas uma transparência política para a composição severa de uma comunidade inoperosa. Maria Gabriela Llansol, como imaginava fazer em cada um de seus livros, escreve a impossibilidade de escrever ou, sobremaneira, mais radicalmente, a impossibilidade da escritura: Ana nasce entre a música e a caminhada que vem, a geografia imaterial da cidade de Lisboa e a condição feminina em meio ao poder sempre legado ao ser masculino, imperativo, adoecido e dedicado à vilania. A conversa de Ana de Peñalosa com San Juan gira em torno também das violências da Inquisição e da condição das mulheres na história.

Causa amante engendra as circunstâncias dessas mulheres de força que tanto interessaram a Llansol, como as beguinas, béguinages, com uma oscilação emprenhada à vida do que nomeia como mulheres-seres: “Há pessoas, sobretudo mulheres, que passam, de mão em mão, A Proclamação de Lisboa, escrita num papel que foi liso, mas está agora engelhado, ou dobrado. Quando saio vejo o rio, e não Alisubbo que procurava; quase me esqueci do que vim realmente fazer, e disponho-me a dizer-vos sem hipocrisia que às vezes me esqueço de que ides ser condenado, que vos puseram a ferros, e que a complexidade da justiça, e da injustiça, ultrapassa o poder de manter vigilante minha consciência, que já está dispersa.”

A literatura de Llansol é, o tempo todo, uma imensa abertura aos excluídos pelo poder, logo, pela história. Recuperar o sentido dos e das fora-da-lei que existiram e morreram sem abjurar, condenadas e condenados por quem continuamente domina. Causa amante se desenha entre passos e movimentos, uma caminhada silenciosa e diferida do texto, porém revolta, para tocar “as vítimas tão correntes”, “as vítimas têm correntes”.
Comprimento 21
Edição 1
Editora 7 LETRAS
ISBN 9786559057610
Largura 14
Páginas 192

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