Fio d água

Fio d água

Fio d água

  • Editora7 LETRAS
  • Modelo: 9555326
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 39,20

    R$ 49,00
A primeira impressão deste livro é a de um mergulho – no Brasil, contamos com alguns poemas que se ambientam ou tematizam os rios, seu recorte sinuoso e específico da paisagem, mas talvez nem tantos assim se pensarmos em rios navegáveis, em rios não vislumbrados mas atravessados pela leitura. Logo de início: “e ainda que falasse as línguas/ dos homens anjos índios sem amor/ seria como o barulho do rio negro/ na corredeira baburi/ na corredeira curucui”. Línguas e vozes que soam como um rio, que são mesmo o desdobrar desse fio d’água em curvas e quedas mais e menos caudalosas. Aqui, a forma “fio” do título revela seu aspecto polissêmico e mesmo multissemiótico.
O fio pode ser entendido como o curso dos rios, desfiando-se em muitos caminhos. Por outro lado, fio também é imagem da linha dos versos, sinuosa, que se dobra e desdobra no vai e vem da leitura. Fio é, ainda, variante popular e rural de “filho”. O poema nos apresenta uma criança aparentemente nascida da água. Ao cruzar lugares como o bairro Educandos, Manaus, São Gabriel da Cachoeira, o que se vê, entre respingos, são as gentes dos brasis procurando, soçobrando, quase atravessando a terceira margem, a vida sempre em outra; as gentes e suas formas, pequenos objetos, crenças, amuletos. A poesia de Massa acumula materiais históricos diversos, procedimentos poéticos ímpares, e vai recolhendo tudo numa enxurrada, num desejo de vida que nos lança adiante na repetição do profético refrão (“virá”), que aponta não tanto para um outro mundo, mas para os mundos dos outros, de outras vidas – “a vida será/ submersa ou/ não será”. Mergulhamos, mergulhemos.
Características
Autor Daniel Massa
Biografia A primeira impressão deste livro é a de um mergulho – no Brasil, contamos com alguns poemas que se ambientam ou tematizam os rios, seu recorte sinuoso e específico da paisagem, mas talvez nem tantos assim se pensarmos em rios navegáveis, em rios não vislumbrados mas atravessados pela leitura. Logo de início: “e ainda que falasse as línguas/ dos homens anjos índios sem amor/ seria como o barulho do rio negro/ na corredeira baburi/ na corredeira curucui”. Línguas e vozes que soam como um rio, que são mesmo o desdobrar desse fio d’água em curvas e quedas mais e menos caudalosas. Aqui, a forma “fio” do título revela seu aspecto polissêmico e mesmo multissemiótico.
O fio pode ser entendido como o curso dos rios, desfiando-se em muitos caminhos. Por outro lado, fio também é imagem da linha dos versos, sinuosa, que se dobra e desdobra no vai e vem da leitura. Fio é, ainda, variante popular e rural de “filho”. O poema nos apresenta uma criança aparentemente nascida da água. Ao cruzar lugares como o bairro Educandos, Manaus, São Gabriel da Cachoeira, o que se vê, entre respingos, são as gentes dos brasis procurando, soçobrando, quase atravessando a terceira margem, a vida sempre em outra; as gentes e suas formas, pequenos objetos, crenças, amuletos. A poesia de Massa acumula materiais históricos diversos, procedimentos poéticos ímpares, e vai recolhendo tudo numa enxurrada, num desejo de vida que nos lança adiante na repetição do profético refrão (“virá”), que aponta não tanto para um outro mundo, mas para os mundos dos outros, de outras vidas – “a vida será/ submersa ou/ não será”. Mergulhamos, mergulhemos.
Comprimento 23
Edição 1
Editora 7 LETRAS
ISBN 9786559055326
Largura 16
Páginas 100

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