Paragens

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  • EditoraBOITEMPO
  • Modelo: 67-0017
  • Disponibilidade: Em estoque
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"A arte de Roniwalter está em, a partir da crise social, construir uma visão da crise ética decorrente e conseguir uma solução estética consistente, através do recurso às reminiscências das formas velhas de narrar por trás das características da narrativa moderna. Desta forma, a crise da sociedade, externa, passa também a ser força de estilo - parte interna, forma, portanto - da obra literária."
Flávio Aguiar (trecho da apresentação do livro)

Paragens é uma reunião de três novelas de Roniwalter Jatobá: "Pássaros Selvagens", "Tiziu" e uma terceira inédita, que dá nome ao livro. Cerca de vinte anos separam a primeira da última, conformando, nas palavras de Flávio Aguiar, "uma viagem, uma espécie de migração que volta ao ponto de partida".

Migração talvez seja a experiência comum das três, nas suas diversas formas, revelando sofrimentos de um país marcado por diversos êxodos violentos: do tráfico negreiro de longa-duração às peregrinações cotidianas periferia-centro-periferia nas grandes cidades atuais, passando pelo êxodo rural norte-nordestino rumo ao sul do país que, nas últimas décadas, acaba por determinar a sina de inúmeros personagens, como os trabalhadores migrantes que protagonizam as novelas de Roni.

Ainda nas palavras do crítico literário, "`Pássaro Selvagem` conta a estória de um menino que termina por migrar para a cidade grande, saindo de uma povoação praticamente ressurgida das cinzas com a construção da Rio-Bahia. `Paragens` evoca o mergulho em si mesmo de um personagem que, depois de várias migrações, percorre as ruas inundadas de São Paulo e as estações de trem, até seu destino, que é nenhum. Sua última frase é: `Sigo calado, molhado, bestando`.

`Tiziu` (nome de um pássaro) é a estória, em primeira pessoa, de um mutilado. Veio para São Paulo, desencontrou-se da vida, perdeu a mão em acidente de trabalho. Daí pensa voltar para sua cidade de origem, no sertão, mas não há mais retorno: como no caso de Macunaíma, sua tribo se perdeu. Solitário em meio a um povo e parentes que não mais o reconhecem nem ele reconhece, desesperado pela falta da pensão que não chega, deixa-se tomar por um assomo de violência que o levará a seu destino final. Em todos as narrações persiste o motivo do encontro com a morte como se, em meio à mentira do mundo, esta fosse a única verdade."

Sobre o autor
Nascido em Campanário, norte de Minas Gerais, em 1949, Roniwalter Jatobá morou em Campo Formoso, sertão baiano, e vive em São Paulo desde 1970. Por isso se auto-define “mineiro-baiano-paulista”. Trabalhou como caminhoneiro e operário antes de se formar jornalista. Enquanto tal, trabalhou em Nosso Século e Movimento; colaborou em Escrita e Versus; foi redator do famoso fascículo Retrato do Brasil e cronista do Diário Popular. Como escritor, publicou, entre outros, Sabor de Química (1977), Crônicas da Vida Operária (1978), Viagem à Montanha Azul (1982), Contralamúria (1994), Trabalhadores do Brasil: histórias do povo brasileiro (1998, organizador) e O pavão misterioso e outras memórias (1999). Pela Editora Boitempo já publicou textos na antologia Com palmos medida (1999), além de participar do conselho editorial da Coleção Paulicéia.





Características
Autor RONIWALTER JATOBµ
Biografia "A arte de Roniwalter está em, a partir da crise social, construir uma visão da crise ética decorrente e conseguir uma solução estética consistente, através do recurso às reminiscências das formas velhas de narrar por trás das características da narrativa moderna. Desta forma, a crise da sociedade, externa, passa também a ser força de estilo - parte interna, forma, portanto - da obra literária."
Flávio Aguiar (trecho da apresentação do livro)

Paragens é uma reunião de três novelas de Roniwalter Jatobá: "Pássaros Selvagens", "Tiziu" e uma terceira inédita, que dá nome ao livro. Cerca de vinte anos separam a primeira da última, conformando, nas palavras de Flávio Aguiar, "uma viagem, uma espécie de migração que volta ao ponto de partida".

Migração talvez seja a experiência comum das três, nas suas diversas formas, revelando sofrimentos de um país marcado por diversos êxodos violentos: do tráfico negreiro de longa-duração às peregrinações cotidianas periferia-centro-periferia nas grandes cidades atuais, passando pelo êxodo rural norte-nordestino rumo ao sul do país que, nas últimas décadas, acaba por determinar a sina de inúmeros personagens, como os trabalhadores migrantes que protagonizam as novelas de Roni.

Ainda nas palavras do crítico literário, "`Pássaro Selvagem` conta a estória de um menino que termina por migrar para a cidade grande, saindo de uma povoação praticamente ressurgida das cinzas com a construção da Rio-Bahia. `Paragens` evoca o mergulho em si mesmo de um personagem que, depois de várias migrações, percorre as ruas inundadas de São Paulo e as estações de trem, até seu destino, que é nenhum. Sua última frase é: `Sigo calado, molhado, bestando`.

`Tiziu` (nome de um pássaro) é a estória, em primeira pessoa, de um mutilado. Veio para São Paulo, desencontrou-se da vida, perdeu a mão em acidente de trabalho. Daí pensa voltar para sua cidade de origem, no sertão, mas não há mais retorno: como no caso de Macunaíma, sua tribo se perdeu. Solitário em meio a um povo e parentes que não mais o reconhecem nem ele reconhece, desesperado pela falta da pensão que não chega, deixa-se tomar por um assomo de violência que o levará a seu destino final. Em todos as narrações persiste o motivo do encontro com a morte como se, em meio à mentira do mundo, esta fosse a única verdade."

Sobre o autor
Nascido em Campanário, norte de Minas Gerais, em 1949, Roniwalter Jatobá morou em Campo Formoso, sertão baiano, e vive em São Paulo desde 1970. Por isso se auto-define “mineiro-baiano-paulista”. Trabalhou como caminhoneiro e operário antes de se formar jornalista. Enquanto tal, trabalhou em Nosso Século e Movimento; colaborou em Escrita e Versus; foi redator do famoso fascículo Retrato do Brasil e cronista do Diário Popular. Como escritor, publicou, entre outros, Sabor de Química (1977), Crônicas da Vida Operária (1978), Viagem à Montanha Azul (1982), Contralamúria (1994), Trabalhadores do Brasil: histórias do povo brasileiro (1998, organizador) e O pavão misterioso e outras memórias (1999). Pela Editora Boitempo já publicou textos na antologia Com palmos medida (1999), além de participar do conselho editorial da Coleção Paulicéia.





Comprimento 24
Editora BOITEMPO
ISBN 9788575590409
Largura 14
Páginas 176

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