Há livros de poemas que encantam pela rarefação, outros que encantam por um excesso generoso, dádiva de onde sai outra dádiva, de onde sai outra dádiva, de onde sai outra…
Regaço, bela e poderosa coletânea poética de Monique Deheinzelin, é dessa segunda família: de um jorro de água escorrendo pelo corpo podem sair uma “tribo nômade nas estepes da Ásia Central”, “camelos trôpegos no deserto”, e a pele pode ascender “à pele de onça pintada”, signos de metamorfose e errância, fundamentais para a alquimia verbal da poeta. Em “Outono”, passa-se, num gesto, num respirar, da existência do pequenino grão de areia até a conexão invisível com todos os seres do planeta. Em “Versátil” imagina-se “a primeira palavra no magma de todas”, aquela de cuja matéria poderiam brotar todos os nomes, todas as metamorfoses.
Expansão, proliferação, metamorfose: esses os procedimentos geradores de poesia aqui. “Incha, pulsa, flutua / Ó Caneta / Escreva com todas as letras / I love you / Encha, transborde, flua”. Generoso é também o livro em sua variedade de personagens e animais. É como se, para Monique, o Eu fosse constituído menos pela consciência de si do que pela presença do outro e seu olhar e sua ação sobre nós.
Regaço, bela e poderosa coletânea poética de Monique Deheinzelin, é dessa segunda família: de um jorro de água escorrendo pelo corpo podem sair uma “tribo nômade nas estepes da Ásia Central”, “camelos trôpegos no deserto”, e a pele pode ascender “à pele de onça pintada”, signos de metamorfose e errância, fundamentais para a alquimia verbal da poeta. Em “Outono”, passa-se, num gesto, num respirar, da existência do pequenino grão de areia até a conexão invisível com todos os seres do planeta. Em “Versátil” imagina-se “a primeira palavra no magma de todas”, aquela de cuja matéria poderiam brotar todos os nomes, todas as metamorfoses.
Expansão, proliferação, metamorfose: esses os procedimentos geradores de poesia aqui. “Incha, pulsa, flutua / Ó Caneta / Escreva com todas as letras / I love you / Encha, transborde, flua”. Generoso é também o livro em sua variedade de personagens e animais. É como se, para Monique, o Eu fosse constituído menos pela consciência de si do que pela presença do outro e seu olhar e sua ação sobre nós.
Características | |
Autor | Monique Deheinzelin |
Biografia | Há livros de poemas que encantam pela rarefação, outros que encantam por um excesso generoso, dádiva de onde sai outra dádiva, de onde sai outra dádiva, de onde sai outra… Regaço, bela e poderosa coletânea poética de Monique Deheinzelin, é dessa segunda família: de um jorro de água escorrendo pelo corpo podem sair uma “tribo nômade nas estepes da Ásia Central”, “camelos trôpegos no deserto”, e a pele pode ascender “à pele de onça pintada”, signos de metamorfose e errância, fundamentais para a alquimia verbal da poeta. Em “Outono”, passa-se, num gesto, num respirar, da existência do pequenino grão de areia até a conexão invisível com todos os seres do planeta. Em “Versátil” imagina-se “a primeira palavra no magma de todas”, aquela de cuja matéria poderiam brotar todos os nomes, todas as metamorfoses. Expansão, proliferação, metamorfose: esses os procedimentos geradores de poesia aqui. “Incha, pulsa, flutua / Ó Caneta / Escreva com todas as letras / I love you / Encha, transborde, flua”. Generoso é também o livro em sua variedade de personagens e animais. É como se, para Monique, o Eu fosse constituído menos pela consciência de si do que pela presença do outro e seu olhar e sua ação sobre nós. |
Comprimento | 23 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559055081 |
Largura | 16 |
Páginas | 120 |