Vento Endiabrado

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  • EditoraMINOTAURO
  • Modelo: MN20577
  • Disponibilidade: Em estoque
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'Isso de matar, Carolina não entendia. Entendia de se entregar. Se a gente gosta, não se entregar por quê? E enquanto olhava o tempo mormacento e as poças d'água evaporando no calor da manhã, pensava em Benvindo. Ele viria quando o sol se deitasse na lonjura do horizonte e antes da lua escorregar para fora dos morros. Benvindo chegaria com a escuridão e se amariam rolando na areia da praia sem que luar nenhum pudesse denunciá-los. O quartinho nos fundos da igreja ficaria pronto e não seria preciso mais rolação na areia, ela gemendo o quanto podia e ele dizendo coisas safadas que ela gostava de ouvir, como aquilo de que seus peitos eram grandes como a ilha do Monte do Trigo.' Uma praia e personagens que ali vivem acompanhados por quatro décadas. O lugar muda, os personagens, também. Só não muda o amor alucinado de Venâncio por Veridiana, ela escultora famosa que tem ali casa de veraneio, ele um moleque que lhe vendia pitus e um dia vira seu caseiro, motorista, jardineiro, provedor de peixes e amante. Em torno do casal há outros personagens. Carolina, a de muitos homens, que ia dormir com um deles no quartinho nos fundos da igreja. Dona Quicas, o jornal falado do local, 'falado', aliás, na pitoresca linguagem caiçara, com termos não mais utilizados e palavras inventadas pela criatividade do povo ali nascido. O médico de fora que assumiu o filho que sua Tereza teve com o trabalhador da Rio-Santos. Kurt, o alemão dono do hotel que cantava 'Bruderlein drink'. Izaltina, brabeza e seriedade encarnadas que, um dia, em briga com o marido pespegou-lhe o aviso 'quem não pode co'as calça, arria!' O tempo passando, o amor escorregando pelos quintais e pelas casas e um dia a violência explodindo.
Características
Autor Regina Helena de Paiva Ramos
Biografia 'Isso de matar, Carolina não entendia. Entendia de se entregar. Se a gente gosta, não se entregar por quê? E enquanto olhava o tempo mormacento e as poças d'água evaporando no calor da manhã, pensava em Benvindo. Ele viria quando o sol se deitasse na lonjura do horizonte e antes da lua escorregar para fora dos morros. Benvindo chegaria com a escuridão e se amariam rolando na areia da praia sem que luar nenhum pudesse denunciá-los. O quartinho nos fundos da igreja ficaria pronto e não seria preciso mais rolação na areia, ela gemendo o quanto podia e ele dizendo coisas safadas que ela gostava de ouvir, como aquilo de que seus peitos eram grandes como a ilha do Monte do Trigo.' Uma praia e personagens que ali vivem acompanhados por quatro décadas. O lugar muda, os personagens, também. Só não muda o amor alucinado de Venâncio por Veridiana, ela escultora famosa que tem ali casa de veraneio, ele um moleque que lhe vendia pitus e um dia vira seu caseiro, motorista, jardineiro, provedor de peixes e amante. Em torno do casal há outros personagens. Carolina, a de muitos homens, que ia dormir com um deles no quartinho nos fundos da igreja. Dona Quicas, o jornal falado do local, 'falado', aliás, na pitoresca linguagem caiçara, com termos não mais utilizados e palavras inventadas pela criatividade do povo ali nascido. O médico de fora que assumiu o filho que sua Tereza teve com o trabalhador da Rio-Santos. Kurt, o alemão dono do hotel que cantava 'Bruderlein drink'. Izaltina, brabeza e seriedade encarnadas que, um dia, em briga com o marido pespegou-lhe o aviso 'quem não pode co'as calça, arria!' O tempo passando, o amor escorregando pelos quintais e pelas casas e um dia a violência explodindo.
Comprimento 21
Edição 1
Editora MINOTAURO
ISBN 9788563920577
Largura 14
Páginas 296

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