À luz das transformações políticas, culturais e ideológicas das últimas décadas, esta obra analisa a forma através da qual Michael Löwy – um dos mais destacados intelectuais contemporâneos – transformou o tema da crítica da modernidade no eixo de suas proposições em defesa da atualização do marxismo. Busca-se investigar, a partir da análise do desenvolvimento da obra e da trajetória do autor – com sua incorporação da crítica benjaminiana das ideologias do progresso e, a partir desta, das críticas romântica e weberiana –, as múltiplas facetas assumidas pelo sociólogo em suas reflexões sobre religião, política e os movimentos sociais na América Latina. Destaque especial para as décadas de 1980 e, particularmente, de 1990 e 2000, quando o posicionamento crítico de Löwy ao progresso capitalista ganha corpo e ele se projeta ainda mais no debate sobre o ecossocialismo.