Passageiro Clandestino: Diário de Vida
Passageiro Clandestino: Diário de Vida
- EditoraAUTENTICA
- Modelo: 0977754
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Leonor Xavier mostra como é possível fazer de um "sombrio assunto" motivo de fruição estética para o leitor.Nessa viagem que a autora realiza para dentro de si mesma, a partir do momento em que percebe ter sido invadida por um corpo estranho, o que mais impressiona, além do infausto episódio que deu origem ao livro, é a qualidade da linguagem com que narra a experiência vivida. Leonor Xavier mostra como é possível fazer de um “sombrio assunto” motivo de fruição estética para o leitor. E é aí que sua narrativa deixa de ser um registro factual, um relato jornalístico, para ser literatura. Quem já passou por isso, como eu, sabe como é difícil expressar as nuances e variações desse turbilhão de sentimentos despertados por uma situação-limite em que é inevitável a perspectiva da morte. Como recomendava João Cabral de Melo Neto, ele mesmo o melhor exemplo do que aconselhava (“Sem perfumar sua flor/ Sem poetizar seu poema”), Leonor não dramatiza seu drama. O câncer abala, desestabiliza, mas não consegue tirar dela o otimismo, a esperança nem o bom humor, usado na medida certa. Nem quando recebeu por telefone o “veredito”, em meio a um almoço com amigos, “não calei nem disfarcei, nem apaguei a notícia”. Apenas disse em voz baixa para alguém a seu lado: “Estou com um câncer”. Esse é o estilo de Leonor, que abre mão das hipérboles, das exclamações e dos espantos retóricos. Em suma, Passageiro clandestino é o livro sobre um mal, mas que faz bem a quem o lê. Espero que tenha acontecido o mesmo a quem o escreveu com tanto talento e sensibilidade.Zuenir Ventura
Características | |
Autor | LEONOR XAVIER |
Biografia | Leonor Xavier mostra como é possível fazer de um "sombrio assunto" motivo de fruição estética para o leitor.Nessa viagem que a autora realiza para dentro de si mesma, a partir do momento em que percebe ter sido invadida por um corpo estranho, o que mais impressiona, além do infausto episódio que deu origem ao livro, é a qualidade da linguagem com que narra a experiência vivida. Leonor Xavier mostra como é possível fazer de um “sombrio assunto” motivo de fruição estética para o leitor. E é aí que sua narrativa deixa de ser um registro factual, um relato jornalístico, para ser literatura. Quem já passou por isso, como eu, sabe como é difícil expressar as nuances e variações desse turbilhão de sentimentos despertados por uma situação-limite em que é inevitável a perspectiva da morte. Como recomendava João Cabral de Melo Neto, ele mesmo o melhor exemplo do que aconselhava (“Sem perfumar sua flor/ Sem poetizar seu poema”), Leonor não dramatiza seu drama. O câncer abala, desestabiliza, mas não consegue tirar dela o otimismo, a esperança nem o bom humor, usado na medida certa. Nem quando recebeu por telefone o “veredito”, em meio a um almoço com amigos, “não calei nem disfarcei, nem apaguei a notícia”. Apenas disse em voz baixa para alguém a seu lado: “Estou com um câncer”. Esse é o estilo de Leonor, que abre mão das hipérboles, das exclamações e dos espantos retóricos. Em suma, Passageiro clandestino é o livro sobre um mal, mas que faz bem a quem o lê. Espero que tenha acontecido o mesmo a quem o escreveu com tanto talento e sensibilidade.Zuenir Ventura |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | AUTENTICA |
ISBN | 9788582177754 |
Largura | 14 |
Páginas | 160 |