Este livro é resultado de um trabalho coletivo, busca, a partir de variados ângulos e por diferentes saberes e fazeres, evidenciar a complexidade das práticas que estudam, a multiplicidade de usos possíveis das regras e produtos impostos pelos poderosos aos praticantes da vida cotidiana e, sobretudo, assumir uma solidariedade entre pesquisadores e professores, respeitando-os na diversidade de seus saberes. Por que pesquisar o cotidiano? Que saberes e fazeres estão presentes nos universos de tantos professores e alunos e que precisam e merecem ser pesquisados? Essas e outras tantas perguntas, necessárias e de difíceis respostas, aparecem nos textos que compõem este livro. As pesquisas nos/dos/com os cotidianos de nossas escolas e secretarias de educação têm nos ensinado muitas coisas sobre as práticas dos sujeitos da escola, tão pouco ouvidos no universo do saber científico dominante, que se permite negligenciá-los com base na ideia de que esses saberes, que tecem essas práticas e, a partir delas, novos saberes, não sendo científicos, não precisam ser ouvidos pelos cientistas e pesquisadores.