Viagem à ilha
Vários destinos nos aguardam ao embarcar nessa Viagem. Não se sabe para onde iremos nem quando chegaremos, se é que… Mas a travessia promete descobertas na oscilação de marés onduladas entre som e sentido. Vale a pena ler em voz alta para sentir a pulsação e os ecos tão nítidos do fluir e refluir singular de cada poema.
Conforme zarpa para tantas rotas, Zeno retrata cenas e paisagens que, embora se tornem perfeitamente reconhecíveis sob seu estilete de gravurista rítmico, vêm descritas numa língua que sabe a pitadas de temperos exóticos. Caminhamos, voamos, navegamos, andamos de trem ou de automóvel – meios de transporte –, em diversos terrenos (praia, montanha, cidade) e estações do ano, em direção à noite e ao estrangeiro.
Sua máquina do tempo faze-nos recuar até os primeiros navegantes europeus que aportaram no Brasil em seu (des)encontro com os habitantes locais. Ou, como Ulisses em missiva a Penélope, pode nos incitar ao desejo de regresso para a ilha natal. No entanto, tal como outros degredados solitários, o poeta, ao compartilhar com o leitor seus deslocamentos no tempo, no espaço e no verso, reconhece: “não retornarei jamais.” Assim é.
O que nos oferece esta poesia são sobretudo fotogramas em palavras, que se revelam com a precisão peculiar de um sonho nítido, pela perspectiva do olhar e do ouvido de um arguto observador, ora das ruas ora do deserto ora do mar.
O pêndulo, o círculo, as voltas entre a luz e o nada, os barcos ancorados em enseadas, as pontes – conduzem a trilhas tão imaginárias quanto realistas, que se direcionam para a exploração visual e sonora, entre o aparente e o interior de quem devaneia sobre o mais cotidiano, contudo misterioso, dos trajetos humanos: a vida, essa mistura estranha de morada e exílio.
Conforme zarpa para tantas rotas, Zeno retrata cenas e paisagens que, embora se tornem perfeitamente reconhecíveis sob seu estilete de gravurista rítmico, vêm descritas numa língua que sabe a pitadas de temperos exóticos. Caminhamos, voamos, navegamos, andamos de trem ou de automóvel – meios de transporte –, em diversos terrenos (praia, montanha, cidade) e estações do ano, em direção à noite e ao estrangeiro.
Sua máquina do tempo faze-nos recuar até os primeiros navegantes europeus que aportaram no Brasil em seu (des)encontro com os habitantes locais. Ou, como Ulisses em missiva a Penélope, pode nos incitar ao desejo de regresso para a ilha natal. No entanto, tal como outros degredados solitários, o poeta, ao compartilhar com o leitor seus deslocamentos no tempo, no espaço e no verso, reconhece: “não retornarei jamais.” Assim é.
O que nos oferece esta poesia são sobretudo fotogramas em palavras, que se revelam com a precisão peculiar de um sonho nítido, pela perspectiva do olhar e do ouvido de um arguto observador, ora das ruas ora do deserto ora do mar.
O pêndulo, o círculo, as voltas entre a luz e o nada, os barcos ancorados em enseadas, as pontes – conduzem a trilhas tão imaginárias quanto realistas, que se direcionam para a exploração visual e sonora, entre o aparente e o interior de quem devaneia sobre o mais cotidiano, contudo misterioso, dos trajetos humanos: a vida, essa mistura estranha de morada e exílio.
Características | |
Autor | Zeno Queiroz |
Biografia | Vários destinos nos aguardam ao embarcar nessa Viagem. Não se sabe para onde iremos nem quando chegaremos, se é que… Mas a travessia promete descobertas na oscilação de marés onduladas entre som e sentido. Vale a pena ler em voz alta para sentir a pulsação e os ecos tão nítidos do fluir e refluir singular de cada poema. Conforme zarpa para tantas rotas, Zeno retrata cenas e paisagens que, embora se tornem perfeitamente reconhecíveis sob seu estilete de gravurista rítmico, vêm descritas numa língua que sabe a pitadas de temperos exóticos. Caminhamos, voamos, navegamos, andamos de trem ou de automóvel – meios de transporte –, em diversos terrenos (praia, montanha, cidade) e estações do ano, em direção à noite e ao estrangeiro. Sua máquina do tempo faze-nos recuar até os primeiros navegantes europeus que aportaram no Brasil em seu (des)encontro com os habitantes locais. Ou, como Ulisses em missiva a Penélope, pode nos incitar ao desejo de regresso para a ilha natal. No entanto, tal como outros degredados solitários, o poeta, ao compartilhar com o leitor seus deslocamentos no tempo, no espaço e no verso, reconhece: “não retornarei jamais.” Assim é. O que nos oferece esta poesia são sobretudo fotogramas em palavras, que se revelam com a precisão peculiar de um sonho nítido, pela perspectiva do olhar e do ouvido de um arguto observador, ora das ruas ora do deserto ora do mar. O pêndulo, o círculo, as voltas entre a luz e o nada, os barcos ancorados em enseadas, as pontes – conduzem a trilhas tão imaginárias quanto realistas, que se direcionam para a exploração visual e sonora, entre o aparente e o interior de quem devaneia sobre o mais cotidiano, contudo misterioso, dos trajetos humanos: a vida, essa mistura estranha de morada e exílio. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | 7 LETRAS |
ISBN | 9786559057436 |
Largura | 14 |
Páginas | 60 |