Teatro Popular Mirandês - Textos de Cariz Profano

Teatro Popular Mirandês -  Textos de Cariz Profano

Teatro Popular Mirandês - Textos de Cariz Profano

  • EditoraALMEDINA
  • Modelo: AM24020341
  • Disponibilidade: Em estoque
  • R$ 199,00

Novembro de 1974. Pela primeira vez, o GEFAC, Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra, faz uma incursão por Terras de Miranda, em Trás-os-Montes, numa tentativa de arqueologia de memória. No entanto, deparou com uma realidade bem viva... gestos, ritmos, textos, lugares, pessoas... Durante a mesma década são recolhidas várias peças de Teatro Popular Mirandês, juntamente com um vasto conjunto de informação relativo à dramaturgia das mesmas. Tendo já levado à cena alguns desses textos, o GEFAC vem, desta vez, partilhar o seu trabalho através da edição de uma obra da qual se apresenta o primeiro volume. NOTA PRÉVIA Para proceder à fixação dos textos que compõem as peças de TPM que agora editamos foi necessário elaborar uma série de critérios que uniformizassem a nossa intervenção. Não se tratou de uma tarefa fácil dada a diversidade e complexidade dos problemas que foram surgindo. O nosso principal objectivo foi intervir o menos possível, seguindo fielmente o texto original; contudo, foi também nossa intenção facilitar a sua leitura, nomeadamente através da modernização da ortografia. Para a elaboração destes critérios de correcção, não podemos deixar de agradecer as inestimáveis orientações e disponibilidade da Prof. Doutora Ofélia Paiva Monteiro. Uma das características destes textos manuscritos é o grande número de erros ortográficos. Corrigimos e/ou modernizámos a ortografia e acentuação sempre que a alteração efectuada não interferisse ao nível fónico ou caso a palavra aparecesse correctamente escrita a maioria das vezes. Fora deste critério da quantidade, ficou a frequente troca entre as consoantes "b" e "v" por considerarmos comum a confusão entre estes dois fonemas; assim, é possível que, na mesma peça, ocorram, por exemplo, vocábulos como "vai"/"bai" ou "liberdade"/"liverdade", No campo da ortografia, é também de destacar a frequente confusão entre as vogais e e i, como por exemplo nos vocábulos devino ou enemigo. Nestes casos, seguimos a regra anteriormente citada, isto é procedemos à sua correcção em função do critério da quantidade. No entanto, relativamente a vocábulos como mai (mãe), pae, (pai), egual, (igual), aque (aqui), naturaes, (naturais), estaes, (estais), etc., procedemos à sua correcção porque concluímos que, muito provavelmente, se trata de uma confusão por parte do autor com palavras como cear, guerrear, clarear em que o e da escrita tem o valor de i ao nível fónico. De referir ainda a existência de alguns vocábulos para os quais não conseguimos encontrar significado e que nos limitámos a transcrever. Mantivemos todas as construções frásicas incorrectas, os erros gramaticais de variada espécie que foram surgindo, bem como todos os vocábulos alterados pelo autor por força da rima. Mantivemos igualmente todos os regio-nalismos e vocábulos ou textos em Mirandês. Em relação ao último caso, é de destacar a peça A Confissão do Marujo na qual as falas da figura do tonto, denominada Crespim, se assemelham ao Mirandês. Nesta peça, apenas procedemos à uniformização de determinados vocábulos cuja grafia apresentava várias versões, optando por aquela que aparecia em maior número. Estamos, contudo, cientes de que estas falas de Crespim apresentam um grande número de incorrecções ao nível ortográfico, morfológico e sintáctico. Encontrámos também versos que pretendem ser transcrições latinas; nestes casos, apenas corrigimos as expressões que são de uso comum, mantendo todas as outras. Em relação ao uso de maiúsculas, mantivemos as propostas do texto original, dentro daquilo que são as normas actuais. Com respeito a outros vocábulos, como por exemplo, Senhor, Rei, Imperador, optámos pelo critério da quantidade, ou seja, mais uma vez, a escolha recaiu sempre sobre a forma mais usada pelo autor ao longo da peça. A pontuação foi também um dos aspectos em que interviemos, embora tentássemos seguir o mais possível o texto. Na realidade, se em algumas peças a pontuação é praticamente inexistente, noutras é tão abundante como incorrecta. Assim, omitimos toda a pontuação incorrecta, acrescentando esporadicamente alguma para tornar o texto compreensível, em especial nas didascálias. Algumas peças apresentam marcas de uma eventual estrutura externa. Esta estrutura foi eliminada sempre que o autor não a designasse explícita e sistematicamente. Procedemos também à apresentação do texto das peças na ordem cronológica da sua representação, ainda que, por vezes, tal não se verificasse, nomeadamente no respeitante à Profecia. Optámos igualmente por listar todas as personagens intervenientes em cada uma das peças antes da transcrição do texto, mesmo nos raros casos em que o autor não apresenta essa listagem. Relativamente ao nome do autor e à data, optámos por registá-los sempre no fim de cada peça, muito embora, em alguns casos, estes registos sejam feitos quer no início, quer a meio do próprio texto. Finalmente, sempre que o texto não fosse legível nos documentos que possuímos, recorremos ao símbolo [...]. INDÍCE Prelúdio Apresentação Nota Prévia Ensaio sobre Teatro Popular Mirandês 1. Origens do Teatro Popular Mirandês 2. Teatro Popular/Teatro Erudito - um espelho de duas faces: 3. Texto sobre Texto: um exemplo 4. O Saber Poético dos Textos Populares 5. Os Textos Textos A Confissão do Marujo A Tia Lucrécia Auto da Pastora ou A Famosa Comédia da Vida e Morte da Maria do Céu Auto de Todo o Mundo e Ninguém Auto do Renegado de Carmona A Vida Alegre do Brioso João Soldado A Vida é um Sonho Comédia Cómica Intitulada Um Dia de Inverno ou o Capote Comédia Intitulada A Esmeralda do Jordão Drama Titulado Os Criados Exemplares Entremez de Comédia de Jacobino Famosa Comédia O Traidor do Seu Sangue ou Os Sete Infantes de Lara Ilusões Transmontanas O Amor Desgarrado ou O Desventurado Amor Os Doze Pares de França Verdadeira Tragédia do Marquês de Mântua e Imperador Carloto Magno Verdadeira Tragédia do Roberto do Diabo Verdadeira Tragédia Ilustrada ou Auto do Renegado de França Apêndice Casamento de Dois Príncipes Entremez de Jacobino (1927) O Emigrante Verdadeira Tragédia Ilustrada de Lionido das Traições que Fez a Seus Pais
Características
Ano de publicação 2003
Autor GEFAC
Biografia Novembro de 1974. Pela primeira vez, o GEFAC, Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra, faz uma incursão por Terras de Miranda, em Trás-os-Montes, numa tentativa de arqueologia de memória. No entanto, deparou com uma realidade bem viva... gestos, ritmos, textos, lugares, pessoas... Durante a mesma década são recolhidas várias peças de Teatro Popular Mirandês, juntamente com um vasto conjunto de informação relativo à dramaturgia das mesmas. Tendo já levado à cena alguns desses textos, o GEFAC vem, desta vez, partilhar o seu trabalho através da edição de uma obra da qual se apresenta o primeiro volume. NOTA PRÉVIA Para proceder à fixação dos textos que compõem as peças de TPM que agora editamos foi necessário elaborar uma série de critérios que uniformizassem a nossa intervenção. Não se tratou de uma tarefa fácil dada a diversidade e complexidade dos problemas que foram surgindo. O nosso principal objectivo foi intervir o menos possível, seguindo fielmente o texto original; contudo, foi também nossa intenção facilitar a sua leitura, nomeadamente através da modernização da ortografia. Para a elaboração destes critérios de correcção, não podemos deixar de agradecer as inestimáveis orientações e disponibilidade da Prof. Doutora Ofélia Paiva Monteiro. Uma das características destes textos manuscritos é o grande número de erros ortográficos. Corrigimos e/ou modernizámos a ortografia e acentuação sempre que a alteração efectuada não interferisse ao nível fónico ou caso a palavra aparecesse correctamente escrita a maioria das vezes. Fora deste critério da quantidade, ficou a frequente troca entre as consoantes "b" e "v" por considerarmos comum a confusão entre estes dois fonemas; assim, é possível que, na mesma peça, ocorram, por exemplo, vocábulos como "vai"/"bai" ou "liberdade"/"liverdade", No campo da ortografia, é também de destacar a frequente confusão entre as vogais e e i, como por exemplo nos vocábulos devino ou enemigo. Nestes casos, seguimos a regra anteriormente citada, isto é procedemos à sua correcção em função do critério da quantidade. No entanto, relativamente a vocábulos como mai (mãe), pae, (pai), egual, (igual), aque (aqui), naturaes, (naturais), estaes, (estais), etc., procedemos à sua correcção porque concluímos que, muito provavelmente, se trata de uma confusão por parte do autor com palavras como cear, guerrear, clarear em que o e da escrita tem o valor de i ao nível fónico. De referir ainda a existência de alguns vocábulos para os quais não conseguimos encontrar significado e que nos limitámos a transcrever. Mantivemos todas as construções frásicas incorrectas, os erros gramaticais de variada espécie que foram surgindo, bem como todos os vocábulos alterados pelo autor por força da rima. Mantivemos igualmente todos os regio-nalismos e vocábulos ou textos em Mirandês. Em relação ao último caso, é de destacar a peça A Confissão do Marujo na qual as falas da figura do tonto, denominada Crespim, se assemelham ao Mirandês. Nesta peça, apenas procedemos à uniformização de determinados vocábulos cuja grafia apresentava várias versões, optando por aquela que aparecia em maior número. Estamos, contudo, cientes de que estas falas de Crespim apresentam um grande número de incorrecções ao nível ortográfico, morfológico e sintáctico. Encontrámos também versos que pretendem ser transcrições latinas; nestes casos, apenas corrigimos as expressões que são de uso comum, mantendo todas as outras. Em relação ao uso de maiúsculas, mantivemos as propostas do texto original, dentro daquilo que são as normas actuais. Com respeito a outros vocábulos, como por exemplo, Senhor, Rei, Imperador, optámos pelo critério da quantidade, ou seja, mais uma vez, a escolha recaiu sempre sobre a forma mais usada pelo autor ao longo da peça. A pontuação foi também um dos aspectos em que interviemos, embora tentássemos seguir o mais possível o texto. Na realidade, se em algumas peças a pontuação é praticamente inexistente, noutras é tão abundante como incorrecta. Assim, omitimos toda a pontuação incorrecta, acrescentando esporadicamente alguma para tornar o texto compreensível, em especial nas didascálias. Algumas peças apresentam marcas de uma eventual estrutura externa. Esta estrutura foi eliminada sempre que o autor não a designasse explícita e sistematicamente. Procedemos também à apresentação do texto das peças na ordem cronológica da sua representação, ainda que, por vezes, tal não se verificasse, nomeadamente no respeitante à Profecia. Optámos igualmente por listar todas as personagens intervenientes em cada uma das peças antes da transcrição do texto, mesmo nos raros casos em que o autor não apresenta essa listagem. Relativamente ao nome do autor e à data, optámos por registá-los sempre no fim de cada peça, muito embora, em alguns casos, estes registos sejam feitos quer no início, quer a meio do próprio texto. Finalmente, sempre que o texto não fosse legível nos documentos que possuímos, recorremos ao símbolo [...]. INDÍCE Prelúdio Apresentação Nota Prévia Ensaio sobre Teatro Popular Mirandês 1. Origens do Teatro Popular Mirandês 2. Teatro Popular/Teatro Erudito - um espelho de duas faces: 3. Texto sobre Texto: um exemplo 4. O Saber Poético dos Textos Populares 5. Os Textos Textos A Confissão do Marujo A Tia Lucrécia Auto da Pastora ou A Famosa Comédia da Vida e Morte da Maria do Céu Auto de Todo o Mundo e Ninguém Auto do Renegado de Carmona A Vida Alegre do Brioso João Soldado A Vida é um Sonho Comédia Cómica Intitulada Um Dia de Inverno ou o Capote Comédia Intitulada A Esmeralda do Jordão Drama Titulado Os Criados Exemplares Entremez de Comédia de Jacobino Famosa Comédia O Traidor do Seu Sangue ou Os Sete Infantes de Lara Ilusões Transmontanas O Amor Desgarrado ou O Desventurado Amor Os Doze Pares de França Verdadeira Tragédia do Marquês de Mântua e Imperador Carloto Magno Verdadeira Tragédia do Roberto do Diabo Verdadeira Tragédia Ilustrada ou Auto do Renegado de França Apêndice Casamento de Dois Príncipes Entremez de Jacobino (1927) O Emigrante Verdadeira Tragédia Ilustrada de Lionido das Traições que Fez a Seus Pais
Comprimento 23
Edição 1
Editora ALMEDINA
ISBN 9789724020341
Lançamento 01/01/2003
Largura 16
Páginas 814

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